SERÃO HOMENAGEADOS MARCOLA (PCC) e FERNANDINHO BEIRA-MAR (CV)

O Governo do Estado da Bahia (Jaques Wagner do PT) mudou oficialmente o nome do Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici para Guerrilheiro Carlos Marighella.

Quem foi Emílio Garrastazu Médici ?

Ele governou o nosso País, e como Presidente da Republica, exigiu que, para sua posse na presidência, o Congresso Nacional fosse reaberto, e assim foi feito. Em 25 de outubro de 1969, Emílio Garrastazu Médici foi eleito presidente da república por uma sessão conjunta do Congresso Nacional, obtendo 293 votos, havendo 75 abstenções. Tomou posse no dia 30 de Outubro de 1969, prometendo reestabelecer a democracia até o final da sua gestão. A guerrilha urbana e rural foi derrotada durante sua gestão, permitindo que seu sucessor Ernesto Geisel iniciasse a abertura política. 

No seu governo também ficou marcado por um excepcional crescimento econômico que ficou conhecido como o milagre brasileiro. Houve um grande crescimento da classe pobre para a classe média.

Cresceu muito o consumo de bens duráveis e a produção de automóveis, tornando-se comum, nas residências, o televisor e a geladeira. Em 1972 passou a funcionar a televisão a cores no Brasil.

A ação da troca do nome, foi motivada após solicitação de alunos, ex-alunos, professores, pais e responsáveis, além da diretoria da unidade. O grupo realizou uma votação em novembro de 2013 entre os envolvidos com a instituição e a partir da votação, foi encaminhado um documento oficial para que a mudança fosse efetivada.

Durante a votação o nome do guerrilheiro baiano Carlos Marighella teve 406 votos e venceu o do geógrafo Milton Santos, que obteve 128. Houve ainda, 27 votos brancos e 25 nulos.

A pergunta é “os eleitores” sabem o que é um guerrilheiro?

Resposta: Aquele que participa de luta armada por causa ideológica, geralmente em oposição ao regime estabelecido, efetuada em pequenos grupos , compostos por pessoas não pertencentes a exércitos nacionais, que recebem treinamento militar ou paramilitar de forma clandestina, realizam saques, roubos, furtos, pilhagens, extorsões, sequestros, sabotagens, assassinatos, ações terroristas para angariar fundos e chamar atenção para sua causa, sem respeito pelas convenções internacionais.

E quem foi o guerrilheiro baiano Carlos Marighella, no ano de 1959, o triunfo da Revolução Cubana e a falta de uma ação transformadora pelo PCB levaram o apaixonado idealista a questionar sobre a possibilidade de uma revolução popular armada capaz de transformar o cenário político nacional. 

Com o Governo Militar, foi mais uma vez perseguido pelas forças policias. Já no primeiro ano do governo militar, entrou em confronto direto com o regime ao trocar tiros com a polícia (só isso ??? Quem atira na polícia, pelo que eu saiba é bandido) e bradar a favor do comunismo. Novamente encarcerado, aproveitou o tempo de reclusão para produzir “Por que resisti à prisão”, obra onde explicava a necessidade de se organizar um movimento armado.

No ano de 1967, mais uma vez liberto, resolveu romper com o marasmo dos comunistas para formar com outros companheiros dissidentes a Ação Libertadora Nacional. Essa organização “clandestina” teria como principal objetivo treinar grupos guerrilheiros com o objetivo de formar um expressivo movimento armado urbano. Após treinar os guerrilheiros na zona rural, o segundo objetivo era arrecadar meio milhão de dólares com a realização de uma série de assaltos a banco na cidade de São Paulo. Na primeira ação, conseguiu roubar 10 mil dólares de uma instituição bancária da época. Contudo, a penosa missão de manter esse grupo sob a onipresente repressão militar (existia ordem e bandido, não tinha vez) foi se tornando cada vez mais difícil, principalmente, pela falta de preparo de seus comandados. No ano de 1968, um militante capturado por policias confirmou Carlos Marighella com um dos articuladores daquela onda de assaltos (líder e mentor dos assaltantes, ou seja um marginal).

Esses serão os próximos homenageados se for pra manter a tradição:

Fernandinho Beira-Mar : Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como Fernandinho Beira-Mar, é considerado um dos maiores traficantes de armas e drogas da América Latina. Nascido na favela Beira-Mar, no município de Duque de Caxias (Rio de Janeiro), começou a vender drogas antes dos vinte anos de idade, e hoje é um dos líderes de uma das principais facções criminosas do estado. Fernandinho Beira-Mar foi criado pela mãe, Zelina, uma dona-de-casa e faxineira, que morreu atropelada. Não conheceu o pai. Entre os 18 e 20 anos, Luiz Fernando começou a praticar os primeiros assaltos. Lojas, bancos e até depósito de materiais militares eram seus alvos principais.

Foi acusado de furtar armas pesadas do Exército e de vendê-las para traficantes do Rio. Aos 20 anos, foi preso por assalto e condenado a dois anos.

Marcola : Marcos Willians Herbas Camacho – é considerado, pelo Estado de S.Paulo, o líder da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Nascido no Bairro do Vila Yolanda em Osasco, em São Paulo filho de pai boliviano e mãe brasileira, Marcos Willians Herbas Camacho iniciou sua carreira criminosa aos nove anos de idade, como trombadinha na Baixada do Glicério, no centro de São Paulo. Por sua determinação, em 12 de maio de 2006, deu-se início ao maior ataque da história recente contra a polícia do estado de São Paulo, com pelo menos 45 mortes: 23 policiais militares, sete policiais civis, três guardas municipais, oito agentes penitenciários e quatro civis.

A mudança do nome do Colégio, foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) na sexta-feira (14).

Nesta segunda-feira (17), o letreiro ainda não havia sido modificado.